segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Invasões Francesas- O trabalho


Revolução Francesa


Revolução Francesa é o nome dado ao conjunto de acontecimentos que, entre 5 de Maio de 1789 e 9 de Novembro de 1799, alteraram o quadro político e social da França. Em causa estavam o Antigo Regime (Ancien Régie) e a autoridade do clero e da nobreza. Foi influenciada pelos ideais do Iluminismo e da Independência Americana (1776). Está entre as maiores revoluções da história da humanidade. A Revolução é considerada como o acontecimento que deu início à Idade Contemporânea. Aboliu a servidão e os direitos feudais e proclamou os princípios universais de "Liberdade, Igualdade e Fraternidade" (Liberté, Egalité, Fraternité), frase de autoria de Jean-Jacques Rousseau. Para a França, abriu-se em 1789 o longo período de convulsões políticas do século XIX, fazendo-a passar por várias repúblicas, uma ditadura, uma monarquia constitucional e dois impérios.Napoleão Bonaparte: implantação do governo burguês. Em 1795, os girondinos assumem o poder e começam a instalar um governo burguês na França. Uma nova Constituição é aprovada, garantindo o poder da burguesia e ampliando seus direitos políticos e económico. O general francês Napoleão Bonaparte é colocado no poder com o objectivo de controlar a instabilidade social e implantar um governo burguês.
Maximilien de Robespierre: defesa de mudanças radicais
Em 1792, os radicais liderados por Robespierre, Danton e Marat assumem o poder e organização as guardas nacionais. Estas, recebem ordens dos líderes para matar qualquer oposicionista do novo governo. Muitos integrantes da nobreza e outros franceses de oposição foram condenados a morte neste período. A violência e a radicalização política são as marcas desta época.
A queda da Bastilha
Foi convocada uma assembleia em Setembro de 1789 para elaborar um documento em que constasse os direitos de todos cidadãos e de terminava que o homem possuía liberdade de religião, direito a trabalho e segurança. Esse documento tem o nome de Declaração dos Direitos do Homem.



Guerras europeias


As guerras revolucionárias francesas foram uma série de grandes conflitos, entre 1792 e 1802, nos quais se enfrentaram, de um lado, o governo revolucionário francês e, de outro, diversos Estados europeus. Marcadas pelo fervor revolucionário francês e por inovações militares, as campanhas viram os exércitos revolucionários franceses derrotar coalizões inimigas e expandir o controle francês sobre os Países Baixos, a Itália e a Renânia. As guerras envolveram um grande número de soldados, em especial devido ao recurso à mobilização em massa.


A Primeira Colonização
1791-1792

Os chefes revolucionários franceses viram a Declaração como uma ameaça séria. Ademais das diferenças ideológicas entre a França e as potências monárquicas da Europa, havia contínuas controvérsias acerca do status das propriedades imperiais na Alísia franceses preocupavam com a agitação no exterior dos nobres emigrados, especialmente nos Países Baixos austríacos e nos Estados menores germânicos.
Por fim, a França declarou guerra primeiramente à Áustria, por meio de uma decisão da Assembleia em 20 de Abril de 1792 que se seguiu a uma longa lista de reclamações apresentadas pelo ministro do exterior Dumouriez. Este preparou a imediata invasão dos Países Baixos austríacos, onde esperava que a população local se rebelasse contra o domínio dos Habsburgos. Entretanto, a revolução havia desorganizado o exército e as forças levantadas eram insuficientes para a invasão. Em seguida à declaração de guerra, houve uma deserção em massa de soldados franceses.

Napoleão no Egipto
Com apenas o Reino Unido na guerra e vendo-se sem uma marinha forte o suficiente para combatê-lo directamente, Napoleão planejou uma invasão do Egipto em 1798, que satisfaria o seu desejo pessoal de glória e interesse do Directório em tê-lo longe de Paris. O objectivo militar da expedição não é claro, mas pode ter sido ameaçar o controle britânico sobre a Índia. Napoleão partiu de Toulon para Alexandria e, após tomar Malta, desembarcou em Junho. Ao marchar na direcção do Cairo, venceu a batalha das Pirâmides. Entretanto, sua frota foi destruída por Nelson na batalha do Nilo, o que o deixou isolado em território egípcio. Napoleão passou o restante do ano consolidando sua posição no Egipto. O governo francês também aproveitou o conflito interno na Suíça para invadi-la e estabelecer ali a República Helvética, ademais de anexar Genebra. Tropas francesas depuseram o papa e fundaram uma república em Roma.

Guerras peninsulares

A resistência armada à ocupação ganhou fulgor após a chegada de um contingente militar inglês liderado por Sir Artur Wellesley (doravante conhecido como Lord Wellington), que infligiu duas derrotas aos inimigos nas batalhas de Roliça e Vimeiro. A conjugação de esforços entre portugueses e ingleses permitiu também obrigar Soult e os seus homens a abandonarem o País, em 1809. Nesse mesmo ano começaram os preparativos para suster a nova invasão que se adivinhava. Neste contexto, foram levantadas à volta de Lisboa três linhas de defesa fortificadas (as linhas de Torres). Ainda antes de as atingirem, em 1810, os franceses perderam a batalha do Buçaco. O exército napoleónico foi depois obrigado a suster o seu avanço ante as linhas de Torres, acabando por se retirar na Primavera de 1811. Portugal sofreu grandes danos materiais causados pela luta armada e pelos saques franceses, bem como pela táctica de terra queimada que ingleses e portugueses recorreram com o objectivo de evitar maiores proveitos aos invasores. No plano económico, a agricultura e, em particular, a criação de gado ressentiram-se a ponto de a subsistência alimentar não ter sido assegurada nos anos que seguiram a 1811. Do mesmo modo, diminui a produção industrial, acarretando a redução de remessas para as colónias. Por outro lado, a impossibilidade de continuar a fazer-se a redistribuição dos produtos brasileiros através do território português obrigou, em 1808, à abertura dos portos brasileiros à navegação estrangeira.
Junot

General francês, natural de Bussy-le-Grand (Borgonha). Foi ajudante-de-campo de Napoleão, servindo no posto de sargento (1793), e tendo ascendido a general em 1801. Recebeu o título de duque de Abrantes em 1804, foi embaixador em Lisboa (1805) e governador de Paris (1807). Comandou a primeira invasão francesa a Portugal (1807-08) à frente de um contingente militar composto por 25 000 homens divididos em três divisões de infantaria e uma de cavalaria. Partiu de Baiona e entrou em Portugal pela Beira Interior, com a missão de alcançar Lisboa no mais curto espaço de tempo possível. Passando por Idanha, Castelo Branco e Vale do Tejo (Abrantes, Golegã e Santarém), as tropas francesas chegaram a Lisboa a 30 de Novembro de 1807. Era seu objectivo deter a família real e a corte, o que não chegou a acontecer porque D. João tinha já embarcado e saía da barra de Cascais escoltado por uma esquadra inglesa, no instante da sua chegada a São Julião. Com um exército reduzido a menos de metade pela ocorrência de 15 mil baixas, Junot lançou uma proclamação em que se apresentava Portugal sob a protecção francesa e sob o domínio de Bonaparte. As reacções de protesto patriótico por parte dos portugueses, organizados em milícias populares com grande expansão no norte do país, conduziram a vários confrontos que contavam com a colaboração e o apoio militar dos ingleses a favor de Portugal. Junot saiu derrotado na batalha da Roliça (17 de Agosto de 1808) e na Batalha do Vimeiro (21 de Agosto de 1808), o que levou à sua retirada apressada do território português. Regressou em 1810, integrado no exército de Massena, durante a terceira invasão francesa. Após o fracasso das tropas francesas na Guerra Peninsular, comandou, em 1812, um corpo de exército na Rússia. A sua incapacidade fez com que Napoleão o destacasse para o governo das províncias ilíricas. As perturbações nervosas acumuladas pelo seu insucesso conduziram-no ao suicídio em 1813. Foi casado com Laura Permon, duquesa de Abrantes.

Batalha do Vimeiro

Batalha travada em Agosto de 1808 entre as tropas anglo-lusas, chefiadas por Wellesley, e as forças invasoras francesas, comandadas por Junot. Ao fim de mais de seis meses de ocupação napoleónica, a Inglaterra decidira-se a auxiliar Portugal, cuja corte emigrara para o Brasil. Em dois combates sucessivos, em Roliça e Vimeiro (Estremadura), Junot era rechaçado, não tardando em pedir um armistício.
Linhas de Torres Vedras
Sistema defensivo de fortificações mandado construírem em 1809 por Wellesley, comandante do exército anglo -luso, para defender Lisboa das tropas napoleónicas. Localizadas na baixa Estremadura, pretendiam barrar todos os acessos à capital, num eixo que ia do Tejo à costa atlântica. Concluídas apenas em 1812, subdividiam-se em duas linhas mais avançadas e uma mais recuada, todas pontuadas por fortes estrategicamente situados (como os de São Julião da Barra, Sobral, Torres Vedras, Mafra, Montachique, Bucelas ou Vialonga). Após a derrota na batalha do Buçaco (1810), a terceira invasão francesa, liderada por Massena, não conseguiu transpor as fortificações das linhas de Torres, confirmando-se assim a utilidade das obras levadas a cabo pelos engenheiros ingleses.





Alguns dos maiores actos de Napoleão bonaparte





1769: Nasce em Ajácio, Córsega, em 15 de Agosto. - 1779: Escola militar de Brienne. - 1784: Artilheiro na escola militar de Paris. - 1789: Revolução Francesa; na Córsega, tem papel activo na resistência. - 1793: Comanda um batalhão de artilharia em Toulon. - 1794/95: Brigadeiro, participa na campanha de Itália. Comanda a guarnição de Paris, esmaga insurreição monárquica, salva a Convenção, que o designa general-em-chefe do exército do interior. - 1796/97: Comandantes-chefes do exército de Itália. Casa com Josefina. Vitórias em Nice, Lodi, Milão, Arcole, Rivoli. - 1798: Campanha do Egipto. - 1799: É eleito primeiro cônsul. - 1800: Batalha de Marengo. - 1802: Cônsul vitalício. - 1804: Napoleão e Josefina coroados imperadores de França. - 1805: Batalhas de Trafalgar e de Austerlitz. - 1806: Em 21 de Novembro ordena o bloqueio a Inglaterra. - 1810: Casa com a princesa Maria Luísa de Áustria. - 1812: Invade a Rússia mas retira no Inverno. - 1814: Abdica em Abril; parte para a ilha de Elba. - 1815: Regressa a França; fuga de Luís XVIII. Cem dias de governo, derrota em Waterloo. Abdica. Exílio na ilha de Santa Helena, onde morre em 5 de Maio de 1821.

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